Greenwich |
No planejamento do roteiro, pesquisei a ida via algumas capitais próximas para fazer um stopover, já que não há vôos diretos entre o Brasil e a Irlanda. Para ir via Paris estava um pouquinho mais em conta, mas acabei optando por Londres porque ainda não conhecia esta linda capital.
Veja algumas dicas de stopover e como incluir uma cidade no seu passeio sem aumentar muito o custo da viagem neste post.
O roteiro era:
- Londres - 26 - 28/2
- Passeios: London Tower & Tower Bridge, avistar Westminster e o Big Ben, London Eye se desse vontade, caminhada pelas ruelas lindas do Covent Garden e uma passada no British Museum. Era o que, com sorte, daria tempo de ver, o resto ficaria para uma próxima visita.
- Dublin - chegada 28/2 e partida 4/3
- Passeio fechado para ir a Cliffs of Moher no dia 1/3
- Milão - chegada 4/3 e partida para casa dia 7/3 à noite
Chegamos em Londres com um friozinho delícia e corremos para aproveitar ao máximo a nossa curta estada. No dia de seguir viagem, monitorando a chegada da pior frente fria dos últimos 20 anos, fomos para o aeroporto com a esperança de sair dali no limite do funcionamento dos aeroportos. Check in feito, malas despachadas, pensamos que ia dar, assim nos 45 do segundo tempo...mas nosso vôo foi cancelado.
Aguardamos enquanto víamos no painel os vôos sendo cancelados, um a um. Pegamos nossas malas de volta e a British Airways remarcou nosso vôo para um aeroporto mais distante que tinha ainda dois vôos ativos, o das 18h com lugar. Entramos num taxi preto daqueles típicos e partimos para Southend, um aeroportozinho pequeno a 70 km de distância, no meio do nada. Ao chegarmos lá nosso vôo já estava cancelado, e era o último...nos acomodariam em um hotel ali perto pra tentarmos novamente no vôo da manhã seguinte.
Uma multidão de pessoas do vôo anterior, incerteza, aeroporto sem calefação, as notícias dizendo que a nevasca ia cair sobre Londres naquela noite. A tia do meu marido em Dublin deu notícia de que o aeroporto por lá estava fechado no mínimo por dois dias.
Corvo na Tower of London |
Já era noite quando chegamos na estação Saint Pancras e arrastamos nossas malas sobre um tapete branco que cobria as ruas. Fizemos check in e fomos jantar em um restaurante indicado pelo simpático recepcionista.
No dia seguinte, acordamos em Nárnia. Londres estava coberta de neve e ainda assim belíssima. Estávamos certos, era o melhor lugar para estarmos naquelas circunstâncias, pudemos passear pra todo canto e ver o que não tinha dado tempo: British Museum, Hyde Park, Greenwich. Greenwich estava mágica, com a paralização das escolas era dia de festa para a criançada (e muitos adultos) escorregando na neve em um misto de trenó com snowboard. No Old Royal Navy College vimos uma raposa entrando no edifício.
Demos uma passada no aeroporto para ver como estava a previsão, remarcaram nossos bilhetes para dali dois dias e pegamos uma carta da British com orientações sobre o que fazer nestas ocasiões, quais são as responsabilidades da Cia. aérea. Continuamos nosso passeio e fomos guardando comprovantes de despesa - de volta ao Brasil pedi reembolso de parte das despesas e fui atendida, é muito organizada a British Airways, apesar de algumas trapalhadas do pessoal do aeroporto. Foi ótimo reaver uma parte das despesas pois esta estada prolongada na cidade mais cara da Europa acabou estourando o orçamento!
Ao final, nossa viagem saiu ao contrário e o destino principal foi Londres, com direito a uma paisagem gelada incrível e uma passadinha em Dublin.
É importante ser flexível nestas ocasiões e se adaptar, por mais que estivéssemos frustrados pela impossibilidade de seguir para o nosso destino principal, mantivemos a calma e curtimos cada dia.
Remarcamos a Irlanda para a próxima ida à Europa!
Old Royal Navy College |
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