quarta-feira, 13 de março de 2019

Álbum de Viagem: Turistando em Santa Mônica e Venice Beach

Os Estados Unidos são um destino não prioritário na minha wishlist de viagens, mas aproveitando uma passagem por Los Angeles a trabalho, fiquei mais uns dias para curtir.

Embora curta, a viagem foi surpreendente e inesquecível, quando se tem pouco tempo um bom planejamento é o melhor aliado para trazer bons momentos na bagagem.

Um parênteses: viagem internacional a trabalho é bem menos glamurosa do que parece... uma rotina de acordar cedo e ir dormir tarde, neste caso acordar literalmente de madrugada, o corpo bagunçado pela diferença de 5 horas de fuso horário, e depois emendar o dia de trabalho com jantares e after jantares no lobby do hotel. Claro que dá pra se divertir, em particular na empresa onde trabalho nestes encontros que fazemos do time América Latina, o pessoal é muito bacana e é sempre gostoso quando podemos estar juntos. Ainda assim é cansativo.

Depois de uma semana intensa de trabalho eu estava ansiosa para ver o Pacífico pela primeira vez. No sábado de manhã, após o café, fiz check out e parti para Santa Mônica.

O hotel que reservei era simples mas bem localizado, meu check in seria liberado apenas a partir das 15h e o plano era deixar as malas na recepção e explorar a área - primeira parada: praia.

A praia está em um nível um pouco abaixo da cidade, ao cruzar uma passarela sobre a avenida da orla já tive uma vista aérea e, após caminhar pela larga faixa de areia fofa, finalmente eu estava frente a frente com a imensidão azul do Pacífico.

Céu azul, mar azul, vento frio, grandes gaivotas caminhando tranquilas pela areia, bebês gaivota aprendendo a buscar comida no vai e vem do mar, correndo das ondas com suas perninhas pequenas - aquela vista me arrebatou e eu até me esqueci que estava de roupa, muita roupa, na praia pela primeira vez na vida!

A voz do Diego, meu colega de trabalho que me acompanhara nesta aventura, me trouxe de volta, caminhamos até o Píer pela faixa de areia molhada observando as gaivotinhas e algumas vezes correndo das ondas nós mesmos.

O Píer é uma construção que polui um pouco o visual, ao vê-lo imaginei que iluminado à noite poderia ser um elemento interessante na paisagem. O mar batendo na estrutura de madeira traz uma vaga lembrança de algum filme americano, talvez de terror, preferimos não arriscar atravessar ali e subimos pelo lindo piso de madeira. Sobre o Píer há um parque de diversões, lojinhas de souvenirs, barraquinhas de fast food, o marco do final da Route 66, uma enxurrada de turistas. Na ponta é possível encontrar novamente a calma em uma vista esplêndida para o imenso azul.

Santa Mônica


Retornamos para a cidade para uma visita à loja Ministry of Supply, que fabrica roupas com tecido tecnológico e depois um novo encontro com o oceano durante o almoço no The Lobster - restaurante pertinho do Píer com atendimento simpático, linda vista, opções vegetarianas no menu, vinho californiano e com direito a café "de verdade", espresso, o primeiro que eu tomava em uma semana.

Voltamos ao hotel, meu amigo precisava pegar suas malas e ir para o aeroporto. Quando o Uber partiu eu fiz meu check in, aproveitei a internet do quarto para falar rapidamente com meus pais e meu marido e saí para me aventurar mais um pouco pela região.

O Pacífico me atraiu como um ímã e eu voltei para a praia, logo escureceria e eu estava ansiosa pelo pôr do sol, mesmo que o céu estivesse com nuvens na linha do horizonte.

O sol se pondo em Santa Mônica


No domingo meu plano era caminhar até Venice Beach pela manhã e depois conhecer um pouco da cidade com o serviço de ônibus Hop on Hop off, visitar Hollywood, afinal era dia de Oscar. Fui primeiro até o Píer para mais um pouco daquela vista tão azul que se tem da ponta, tudo estava mais calmo com as lojas fechadas e pouca gente circulando, alguns pescadores. Céu e mar pareciam se fundir com a névoa da manhã.

Desci para a areia e caminhei em direção à Venice Beach, a parte descolada da praia, distante 4km dali. Fiquei impressionada com a organização e estrutura, há quadras com rede para vôlei, argolas e barras, áreas para crianças e uma pista de cimento para caminhada e bicicletas. Vi um balanço e não resisti, me balancei como uma criança, possivelmente feliz como uma na Disney.

Encontrei um quiosque aberto e parei para tomar café da manhã de frente pro mar. Encontrei novamente um espresso de verdade, ao som de Frank Sinatra, parecia que a "América" estava se esforçando para conquistar meu coração tão cético dos seus encantos.

A temperatura foi ficando mais amena sob o sol e chegando em Venice Beach eu já estava sem casaco, sem tênis com os pés na areia. Foi em Venice Beach que eu pus os pés na água gelada e resolvi que não teria nem Holywood nem mais nada neste dia, pois nada era mais urgente do que caminhar tranquila por aquela areia desfrutando aquele azul.

Então caminhei sem pressa, relaxando com a vista do horizonte amplo, o som do mar, curtindo um momento de solidão e silêncio depois da semana tumultuada de pessoas e palavras.

Surfistas, famílias, turistas, gaivotas e eu recolhendo conchas para levar de lembrança. Lavei os pés cheios de areia em um chuveiro na orla, entrei descalça no banheiro público, misto, tamanha a limpeza. De volta ao asfalto, percorri a boardwalk - uma espécia de calçadão - os artistas e hippies começavam a montar suas banquinhas. Um senhor me chamou, queria ler minha sorte em suas cartas seguras pelo peso de pedras coloridas. Conversamos um pouquinho, eu sorri e amavelmente recusei, minha sorte já era incrível, eu não precisava saber mais nada. A buena vibra de Venice Beach me encantou e eu me surpreendi pensando que vou querer voltar a caminhar naquela areia.


Alerta de tsunami e uma kombosa alugando pranchas de surf
 









terça-feira, 5 de março de 2019

Passeio Aéreo no Grand Canyon

Aproveitando uma viagem a trabalho fiquei uns dias a mais para conhecer o Grand Canyon - como eu tinha apenas 1 dia optei pelo passeio aéreo, partindo de Las Vegas: Bom, Bonito e CARO! Mas é um investimento que vale a pena, especialmente para quem não tem tempo para um tour mais detalhado.

Após uma extensa pesquisa - li vários depoimentos, blogs, avaliações no Tripadvisor, existem diferentes tipos de passeio - escolhi o Grand Voyager Expedition com a empresa Papillon. Este passeio é bem completo e achei mais interessante que o mais popular, que é apenas helicóptero com piquenique. A diferença de preço é relativamente pequena (menos de USD 100) mas no passeio mais barato o tempo no Grand Canyon é de cerca de 30 minutos, enquanto no mais completo são horas, com a oportunidade de ver mais de perto e ainda subir o rio Colorado de barco.

Vista em Guano Point

O site da Papillon é bem fácil de navegar e obter informações, existe página em português e é possível ver disponibilidade de datas, preços e reservar online. A confirmação da reserva vem por email, em inglês. Eles pedem para confirmar por telefone 24h antes.

O tour sai do aeroporto de Boulder, uma cidadezinha próxima a Las Vegas.

O Trajeto

Marquei meu passeio ao meio dia. Mesmo sendo um passeio de meio período foi importante eu ter reservado o dia todo pois são várias etapas. A van me pegou no hotel às 10h40 e eu retornei às 18h15.

1. Traslado hotel-aeroporto - ficando em algum hotel na Strip o traslado para o aeroporto é gratuito, leva mais tempo para chegar lá porque a van vai passando nos hotéis para pegar as pessoas, mas é bem prático. Na hora da reserva do passeio, é possível ver uma lista dos hotéis incluídos.

2. Aéreo em avião - vôo panorâmico até o Grand Canyon, viajamos de monomotor de 10 lugares, todos os lugares são janela e na ida é melhor sentar-se à esquerda do avião, a vista é melhor. Eu me sentei à direita na primeira fileira e pude acompanhar o trabalho do piloto e os painéis de navegação, o que eu adorei. Tirei umas fotos fantásticas do alto, a janela do avião é bem grande.

  

3. Helicóptero - é o que nos leva até dentro do Canyon, o helicóptero tem 3 lugares e como eu estava sozinha viajei com um casal. Me sentaram na frente, ao lado do piloto, a vista foi fantástica pois a janela é bem maior do que a de trás. Descer no Canyon é uma experiência que ficará gravada na minha memória, sensacional!

 


4. Barco - o passeio pelo rio Colorado é curto, mas é tempo suficiente para admirar de perto a imensidão do Canyon. O brilho do sol no ondulado da água cor de argila e o contraste do céu azul no colorido terracota me deram uma incrível uma sensação de paz... Não é permitido perambular muito pela região, pois é uma reserva. Leve nozes no bolso para alimentar os esquilos!


Navegando no Rio Colorado


5. Helicóptero de novo - mais uma vista de tirar o fôlego quando voltamos para o topo do Canyon.

6. Ônibus - há serviço hop on hop off no local e este passeio nos permitiu parar em dois pontos: no Eagle Point, local onde fica a Skywalk (depois de ler as avaliações e ver me inteirar mais sobre este passeio optei por não fazê-lo) e Guano Point.

7. Avião de novo - retorno para o aeroporto Boulder.

8. Traslado aeroporto-hotel

Com que Roupa eu vou?

Minha visita foi dia 25 de Fevereiro à tarde, a temperatura estava variando entre 1C e 15C e eu fui de calça jeans, tênis, camiseta manga longa e um casaco quentinho de inverno, comprido. Foi na medida, não passei frio nem calor (o sol esquenta bem).

Priorize o conforto e a mobilidade, importante sapatos para terreno acidentado.


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