Escapada de 3 Dias: Aventura em Socorro

 A pandemia Covid-19 dificultou bastante a vida dos viajantes mas, como dizem, todo obstáculo é em si uma oportunidade de ver a realidade sob nova perspectiva. Com prudência é possível se divertir, relaxar e conhecer novos lugares.

Para o feriado de 12 de Outubro os critérios de busca do nosso destino foram: 

• Distância que pudesse ser percorrida de carro, não muito grande pois tínhamos apenas 3 dias incluindo os dias de viagem (origem São Paulo)
• Hospedagem em chalé isolado com cozinha - fomos preparados para fazer todas as refeições no chalé, caso tivessemos dificuldades para encontrar restaurantes com área externa e sem superlotação
• Atividades ao ar livre com o menor contato possível com outros participantes

O destino eleito foi Socorro, nem lembro ao certo como foi que surgiu no radar mas quanto mais eu buscava informações mais me encantava com essa cidade adorável e cheia de aventura!

Foto clássica no bonito Portal da cidade

Depois da experiência em São Bento do Sapucaí achamos melhor alugar um SUV. A cidade e arredores não são tão íngremes e acabei concluindo que meu Ônix 1.0 teria dado conta do recado. O Pico da Cascavel é o local de acesso mais difícil, mas chegando lá em cima eu vi um Ford Ka daquele modelinho antigo, se ele conseguiu subir até lá...

O Que Fazer em Socorro?

Aventura

O maior atrativo da região é a natureza, há diversos parques que oferecem atividades como rapel, tirolesa, arvorismo. A cidade é cortada pelo Rio do Peixe, que tem pontos para prática de rafting e o único porém é que todas as cachoeiras são localizadas em propriedades privadas, então o turista não tem acesso por conta própria, apenas contratando algum passeio. Como não tínhamos muito tempo acabamos saindo sem conhecer nenhuma delas, uma pena.

Fizemos duas atividades com a Rios de Aventura: tudo muito organizado e profissional, recomendo. 

• Rafting - em Outubro o rio estava com volume baixo de água, o que não impediu a diversão, mas deu vontade de voltar para experimentar o rafting em época de cheia. O percurso tem cerca de 4 km e no final tem ponto de parada para banho, delicioso!
• Passeio de Quadriciclo - são diferentes roteiros, escolhemos o passeio até o Mirante da Pedra Bela Vista no final da tarde, este lugar é incrível no pôr do sol. 

Mirante da Pedra Bela Vista

O sol se põe caprichosamente entre dois picos, e a estonteante beleza natural é incrementada com música ao vivo, bancos de pedra e um bar.

Fiquei com vontade de voltar durante o dia, deve ser muito agradável almoçar na varanda do Restaurante Ancestral.

Gruta do Anjo

Uma gruta artificial formada pela mineração no local. É linda, mas um pouco salgado o valor de R$ 30 por pessoa.

A Gruta já foi cenário de novela

Pico da Cascavel - Vôo Livre

Outro local com vista incrível e rampa de vôo livre, é possível agendar seu vôo com antecedência ou lá na hora mesmo. Recomendo a visita mesmo se for apenas para curtir a vista.

Agendei meu vôo livre com o Jackson Blaine, instrutor da Escola de Vôo Pico da Cascavel, super emocionante embora o vento não estivesse favorável e o vôo tenha tido curta duração. Voltarei!

Ferrovia

Socorro preserva uma Maria Fumaça da Mogiana, ela fica exposta próximo ao Balneário Pompéia e é possível entrar. Há também a antiga estação de trem, no centro da cidade, atualmente em restauração.

Estação Ferroviária em restauração, o prédio é bem bonito, espero vê-lo novamente!

  

Recomendo também dar uma voltinha no centro da cidade, tem muitas casas antigas bem preservadas, pontos charmosos e História. 

Palácio das Águias

Hospedagem

A oferta é variada e atende a todo perfil de viajantes, desde chalés até hotéis fazenda.

Nós escolhemos o chalé Fortuna Casas de Campo. Foi uma experiência incrível, minha avaliação no site Airbnb:

Vista do chalé, muita privacidade e contato com a natureza

  

A propriedade tem vacas, cavalos, galinhas, cães, todos circulando livremente

Gastronomia

A influência da cultura italiana se faz presente na cidade e é fácil encontrar comida italiana de boa qualidade.

Almoçamos no Restaurante D'Napoli com ambiente bem agradável, mesas externas, as típicas toalhas xadrez verde e vermelha nas mesas. A massa fresca é muito boa e o atendimento é de dar inveja em muito restaurante bacana da Capital. O restaurante fica dentro de um posto de gasolina bonitinho, todo de maderia - coisas de interior!

Mas o que nos encantou foi o Quintal do Italiano. Ao entrar você já nota que ali cada detalhe é pensado com cuidado e carinho. O próprio italiano atende as mesas com simpatia e atenção. O cardápio é variado, desde lanches até massa fresca - uma das melhores que já provei!

Para saber mais:

Rios de Aventura - canoagem, rafting e passeios

Mirante Pedra Bela Vista - mirante e Restaurante Ancestral

Gruta do Anjo - oferece também opções de hospedagem

Escola de Vôo Livre Pico da Cascavel

O site da Prefeitura tem informações interessantes e vale a pena consultar.

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Escapada de 4 dias: Carnaval em Bento Gonçalves e Região

Este ano elegi o charme da Serra Gaúcha para escapar da bagunça de carnaval em São Paulo.
Bento Gonçalves foi o refúgio perfeito, com dias ensolarados, noites fresquinhas, perfume de uva no ar e diversas atividades. Tudo isso com paisagens de tirar o fôlego.

Linda vista do Rio das Antas

A história das cidades de Bento Gonçalves, Garibaldi e Caxias do Sul tem muito em comum. Estas cidades surgiram no final do século XIX e cresceram com os imigrantes italianos que ali se instalaram, vindos principalmente da região do Vêneto, no Norte da Itália. Além do cultivo da uva e da produção de vinhos, outros elementos da cultura italiana são uma presença marcante por ali.

VALE DOS VINHEDOS

O principal atrativo desta região é o Vale dos Vinhedos, uma estrada linda com vinhedos por todo lado e vinícolas abertas a visitas e degustação.

A paisagem muda de acordo com a estação do ano, sendo o verão a época mais exuberante pois as videiras estão verdinhas e carregadas de uva. Mais que um belo visual, o perfume de uva é incrível, especialmente cedinho pela manhã, com a umidade do orvalho.

É possível ir parando pelo caminho para admirar a paisagem e ver as videiras mais de perto.

Vinhas na Vinícola Cave de Pedra

O enoturismo (turismo ligado ao mundo dos vinhos) já está bastante desenvolvido e o turista é acolhido com simpatia, além de uma boa estrutura. Veja o mapa do vale clicando aqui.

As vínicolas mais famosas cobram uma taxa para o tour guiado com degustação, mas também recebem gratuitamente os visitantes em suas lojas.

A Casa Valduga tem pousadas para você se hospedar dentro da propriedade, mas como são poucos quartos a reserva precisa ser feita com bastante antecedência - eu infelizmente não consegui reservar o meu, mas certamente voltarei!

Acabei me hospedando na Casa Container, um container com visita incrível instalado na propriedade de um simpático casal, que nos recebeu com uvas fesquinhas. Recomendo!

VISITANDO VINÍCOLAS

Praticamente todas as vinícolas oferecem visita guiada e degustação, além de terem lojas para venda direta a preços muito bons - um espumante da Casa Perini custa na loja quase 50% menos do que em uma loja especializada em São Paulo. Algumas vinícolas têm restaurante e oferecem almoço ou jantar harmonizado, combinando o vinho a um prato que realça o seu paladar.

O turismo receptivo é muito organizado e existem opções de passeios que te levam confortavelmente para visitas e almoços.

Se você preferir visitar por conta própria - eu fiz assim - pesquise antes para escolher e reservar as que mais te agradam. As vinícolas mais famosas são bem concorridas, sem reserva você provavelmente enfrentará uma longa fila de espera.

    

Casa Valduga, Cave de Pedra, Almaúnica, Miolo, Salton - é possível e vale a pena entrar mesmo sem reserva para dar uma olhada. Na Miolo e na Almaúnica eu fiquei na porta, dá até para encostar o carro na estrada e descer para ver de perto as videiras. Miolo e Cave de Pedra identificam as uvas, então é bem interessante conferir as características de cada tipo. A Cave de Pedra tem um atrativo extra que é a estrutura em forma de castelo medieval, muito bonita. 

VISITA GUIADA

As visitas guiadas normalmente são pagas e incluem degustação.

Optei por fazer apenas uma visita guiada e escolhi a Casa Valduga. A visita custou R$ 50 por pessoa e durou cerca de 2 horas com tour pela propriedade, degustação de 2 vinhos tintos, 1 branco, 2 espumantes e taça com o logo da vinícola para levar para casa. Adorei a visita e os vinhos.

Minha avaliação da visita guiada na Casa Valduga no TripAdvisor - visita em Fevereiro 2020

  

PASSEIO DE MARIA FUMAÇA ATÉ GARIBALDI E CARLOS BARBOSA

Garibaldi é a capital nacional do espumante, local eleito por ninguém menos que a Chandon para produção de espumantes de alta qualidade.

Na minha viagem preferi me hospedar em Bento Gonçalves e visitar Garibaldi com o passeio de Maria Fumaça. É uma experiència única que vale muito a pena. O trem a vapor alemão restaurado e mantido pela Giordani Turismo faz o trajeto Bento Gonçalves - Garibaldi - Carlos Barbosa e existem diversas opções de passeios.

Como sou de família italiana, escolhi o passeio Epopeia Italiana, que combina a Maria Fumaça com o acesso ao Parque, que é o cenário da história de uma família de imigrantes contada de forma interativa, muito interessante e emocionante. O trem tem muita brincadeira, música italiana, degustação de vinho e suco de uva, uma festa!

Em Carlos Barbosa fica a fábrica da Tramontina, outro local aberto à visitação.

FARROUPILHA

Em Farroupilha está a Casa Perini, que nesta viagem eu visitei apenas de passagem, mas pretendo passar mais tempo em uma próxima oportunidade. A vinícola tem um bar e um restaurante bem charmosos para degustação de seus excelentes espumantes e vinhos.

Para curtir o dia esta adorável cidade tem o agradável Parque Salto Ventoso com trilhas, mirante e uma linda queda d'agua.

O Santuário Nossa Senhora de Caravaggio é outro local que vale a pena visitar. O Santuário novo é muito bonito e grande, mas a Igreja original foi preservada e, particularmente, achei mais charmosa. A vista é muito bonita e a estrada de acesso bastante pitoresca.

NEM TUDO É VINHO 
Na rota turística Caminhos de Pedra há alguns atrativos importantes na região. Esta parte mais afastada da cidade tem casas históricas construídas pelos imigrantes em pedra, nos moldes do campo italiano. Muitas hoje funcionam como restaurantes, locais de interesse turístico, lojas, então é possível ir parando para apreciar a beleza.

Parque da Ovelha

Fazenda de criação de ovelhas e produção de queijos, cheia de atrações.

Local bom para visitar com crianças, em horários programados é possível participar da alimentação dos filhotinhos.

Saiba mais sobre a experiência neste post incrível da Aline Rocha em seu blog sempressadevoltar.

Salumeria Caminhos de Pedra

Boa parada para degustar uma tábua de frios com os embutidos produzidos artesanalmente.

O espaço integra um espaço aventura com tirolesa, rapel e arvorismo para toda a família.

Instagram @salumeriacaminhosdepedra

Erva Mate Ferrari

Vale a pena a visita guiada pelo antigo moinho, custa apenas R$ 10 a entrada. Explicação muito detalhada e interessante. Ao final na loja te ensinam a preparar o chimarrão e é possível degustar. Adorei o passeio e a oportunidade de tomar meu primeiro chimarrão e conhecer um pouco da cultura gaúcha.

  

SUD Birrificio Artigianale

Cerveja artesanal de alta qualidade, além da loja é possível agendar uma visita para conhecer os processos de produção. Infelizmente não consegui visitar porque era feriado e a cervejaria estava fechada, mas está anotado para a próxima viagem à Serra Gaúcha!

Rio das Antas

Saindo de Bento Gonçalves com destino a Veranópolis é possível apreciar o Rio das Antas em alguns mirantes pela estrada, além de ver trechos da antiga e desativada Ferrovia do Vinho.

Conheça todos os pontos turísticos no site da Prefeitura de Bento Gonçalves. A cidade é bem preparada para receber turistas e conta com diversos postos de informações. Fique atento aos horários de funcionamento em feriados, no carnaval estavam fechados.

COMPRA E TRANSPORTE DE VINHOS

Nas lojas das vinícolas você encontrará vinhos que não se vê com facilidade fora dali. Os preços são muito bons, isentos de ICMS e custos de transporte. Para se ter uma ideia, um espumante da Casa Perini que eu comprei lá a R$37,00 é vendido em São Paulo por R$ 78 (preços de Fevereiro 2020).

Cada pessoa pode levar no avião até 6 garrafas de vinho, como bagagem de mão.
As lojas costumam ter embalagens seguras e práticas para carregar. Quantidades maiores podem ser despachadas diretamente pela vinícola.

COMO CHEGAR E SE LOCOMOVER

De avião até o aeroporto mais próximo e depois carro, sem carro fica difícil curtir o que a região oferece. Para os que pretendem emendar visitas com degustação nas diversas vinícolas sugiro contratar serviços de turismo receptivo, lembrando que álcool e direção não combinam!
Caxias do Sul tem o aeroporto mais próximo, mas por ser pequeno a oferta de vôos é menor e então muitas vezes o preço da passagem é maior. Avalie o custo-benefício antes de se decidir. Lembre-se que dependendo da época do ano este aeroporto também tem incidência de neblina, causando atrasos e desvios de vôos.

Porto Alegre fica a cerca de 2h de carro e é uma boa alternativa para quem precisa chegar por via aérea. Na minha viagem voei São Paulo - Porto Alegre e fiz o restante de carro.
As estradas são boas, bem sinalizadas, com poucos pedágios e o Google Maps funciona bem. Mas atenção Paulistanos, a conservação das estradas não é lá essas coisas em comparação com as estradas de SP, tem uns buracos enormes, fiquem atentos pelo caminho.

Em Bento Gonçalves e cercanias (Vale dos Vinhedos, Farroupilha) os trechos de serra não são íngremes, um carro 1.0 é o suficiente para dois passageiros.

Data da Viagem: Carnaval 2020

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1 Feriado, 2 Cidades: São Bento do Sapucaí e Santo Antônio do Pinhal

Atualizado em Fevereiro de 2021 - gostamos tanto deste destino que voltamos para um final de semana à dois 

Procurando um destino para escapar da correria de São Paulo e curtir um fim de semana prolongado à dois? Conheça duas cidadezinhas próximas e igualmente encantadoras: Santo Antonio do Pinhal e São Bento do Sapucaí. O melhor é que dá pra visitar as duas de uma só vez.

Prepare-se para uma imersão no verde das montanhas redondinhas da Serra da Mantiqueira, dias de aventura, tardes com por do sol arrebatador e noites super românticas sob o céu estrelado!

Por do Sol no Chalé Refúgio da Pedra, em São Bento do Sapucaí

Decidindo Onde se Hospedar 

As duas cidades têm mirantes para curtir vistas deslumbrantes da Serra, cachoeiras, parques, trilhas, paraglider e igrejinhas pitorescas. Vale a pena pesquisar mais detalhes para decidir onde você quer passar mais tempo. 

Santo Antonio do Pinhal tem um centrinho mais compactado com lojinhas, bares, restaurantes e uma fonte. Visitei durante o dia e chovia, não deu pra ver muito... fiquei com a impressão que deve ser bem bacana para ir à noite.

São Bento do Sapucaí é menorzinha, com várias cachoeiras lindas e acesso a 3 trilhas legais de graus de dificuldade diferentes para ver de perto a beleza da Pedra do Baú.

Depois de falar com amigos que já foram e fuçar em blogs de viagens optei por me hospedar em São Bento do Sapucaí e ali passar mais tempo, mas como cada um tem o seu critério você pode basear sua decisão conforme os atrativos de cada uma. No final deste artigo eu deixo o link para os blogs que me ajudaram a escolher.

São Bento do Sapucaí foi o destino perfeito para estar em contato com a natureza, curtir o dia passeando e a noite sossegada no chalé à três: eu, meu amor e um bom vinho!

Como Chegar e se Locomover por lá

De carro: a mobilidade é fundamental para aproveitar tudo o que a região oferece.

O acesso principal é pelas rodovias Dutra ou Ayrton Senna + Carvalho Pinto, vai depender do trânsito e da sua preferência. Na minha viagem o trânsito estava pesado (feriado 15/11) então segui o Google Maps e fui pela Dutra - me arrependi pois há menos pontos de parada no caminho e eu gosto de ir parando.

Na altura de Taubaté a viagem segue pela Rodovia Floriano Rodrigues Pinheiro, chegando em Santo Antonio do Pinhal pela Rodovia Oswaldo Barbosa Guisardi e depois um trechinho da Rodovia Monteiro Lobato e da Rodovia Vereador Júlio da Silva.

Todas estas estradas são ótimas, bem sinalizadas e com asfalto em boas condições. As locais são pista única e os trechos de serra têm partes íngremes e sinuosas, sujeitas a neblina. Reduza a velocidade e curta a paisagem.

Um bom ponto de parada para um café, pão com linguíça delicioso e também para comprar doces em compota ou queijos é o Empório da Vovó, saindo de Santo Antonio do Pinhal, no trevinho que liga a Rodovia Monteiro Lobato e a Vereador Júlio da Silva.

A estradinha pro chalé deu um pouco de medo, com algum esforço o Onix 1.0 subiu, leve com pouca bagagem e apenas dois passageiros.

O Google Maps funcionou direitinho por todo lado.

Passeios Principais

São Bento do Sapucaí tem cachoeiras muito bonitas, uma igrejinha pitoresca e mirantes de tirar o fôlego.

Veja o mapa de atrações para se programar.

Igreja Matriz

A Igreja Matriz é uma graça, toda azul, e fica pertinho do Mirante do Cruzeiro, com uma vista linda do vale.

No Bairro do Quilombo se concentram artesãos e lojinhas de artesanato local.

A Pedra do Baú é a protagonista da região e São Bento do Sapucaí é o ponto de partida de 3 trilhas interessantes:

• Ana Chata - caminhada mais longa de 3 a 4 horas de duração
• Bauzinho - caminhada rápida até o mirante que também serve de área de decolagem de vôos de paraglider e depois segue adiante até o Bauzinho, com uma vista privilegiada da Pedra do Baú
• Pedra do Baú - escalada nível hard que precisa de guia

Fiz a trilha do Bauzinho e matei minha vontade de caminhar sobre a Pedra. O terreno é acidentado e subida/descida, embora curto pode ser nível médio dependendo do seu condicionamento físico. Vi carros passando no local onde em teoria não se permite ir de carro, imaginei que eles permitem o acesso para pessoas com restrições de locomoção e idosos.

Vista do Bauzinho

Paraglider - infelizmente meu vôo livre teve que ser cancelado devido ao vento. Se você quiser fazer o vôo, a melhor época é Outono/Inverno, que tem condições climáticas mais estáveis.

Uma parte do trajeto é feita de carro, vá devagar pois há vacas e cavalos soltos na estrada. Novamente o Onix 1.0 com pouco peso subiu bravamente, com um pouco de paciência, especialmente nos cerca de 5km de terra do trecho final. No topo da Pedra há um centro de atendimento ao turista (em construção uma unidade) com banheiros razoavelmente limpos, cafeteria e estacionamento. Paga-se uma taxa de R$ 10,00.

Há uma diversidade de cachoeiras, algumas com condições de banho, algumas em propriedade privada então paga-se uma taxa de R$ 5 por pessoa pra entrar. Todas valem a pena a visita e preservam uma qualidade meio selvagem, bem natural.

Localize no mapa para dividir a visita às cachoeiras nos dias em que estiver na cidade.

• Cachoeira do Toldi - propriedade privada, é possível vê-la na Estrada do Paiol a caminho da Pedra do Baú. Bem numa curva da estrada há uma placa e alguns lugares para parar. A cachoeira é bem escondida na mata.
• Cachoeira dos Amores - propriedade provada com acesso pela Estrada do Paiol, a visita custa R$ 5 por pessoa (preço em Novembro 2019) e é possível tomar banho. Mais pra cima, no mesmo local, você pode explorar a Cachoeira do Encontro, que é o ponto de encontro de duas nascentes que formam a cachoeira dos amores.
• Cachoeira do Poção - no bairro Serrano, do outro lado da Rodovia, logo após passar uma estrada linda que forma um túnel de bambu. Tem placa indicativa. Não se vê a cachoeira logo de cara, é preciso passar por uma cerca e caminhar um pouquinho dentro da mata. A cachoeira é linda e há área de banho.
• Cachoeira do Tobogã - passando um pouco a do Poção, a cachoeira fica afastada da estrada também, é necessário entrar por uma cerca e andar bem pouquinho dentro de uma trilhinha. É bem alta e rasa, dependendo da época terá pouca água. Vale a pena pois é uma das mais bonitas.

Cachoeira dos Amores

Cachoeira do Poção

Sinalização

Cachoeira do Tobogã

Restaurantes

A comida local é mais ou menos a mesma, à moda mineira. Se você se hospedar fora da cidade, em um chalé, não se preocupe há serviço de delivery.

Veja indicações e avaliações dos 10 Melhores Restaurantes em São Bento do Sapucaí, no TripAdvisor.

• Restaurante Pedra do Baú - no Paiol Grande, bem no pé da Pedra do Baú, com deck e uma vista linda, acabei não indo mas estava bem pertinho do chalé
• Restaurante Sabor com Arte - pedimos pizza delivery na primeira noite, estava boa apesar de não ser aquela pizza à moda paulistana. Almoçamos lá no segundo dia, buffet bem completinho
• Restaurante Entre Vilas - restaurante slow food, orgânico, para uma experiência com mais tempo - e bolso: preços a partir de R$ 160 por pessoa

Como ficou o roteiro

Data da Viagem: Feriado 15/11
Duração: 3 dias (incluindo os dias de viagem)

Dia 1 - visita de 1 dia em Santo Antonio do Pinhal

• Saída de São Paulo pela manhã com destino à Santo Antonio do Pinhal
• Visita à Estação Eugenio Lefevre e Mirante N. Senhora Auxiliadora - a estação é antiguinha e estava um charme, com um ar de "mistério" envolta na neblina da Serra
• É a primeira parada na estrada antes de ir para a cidade e tem estacionamento fácil, banheiros limpos, lojinha e uma cafeteria simpática que tem bolinho de bacalhau como destaque no cardápio
• Almoço com vista para cachoeira no Restaurante Arco Íris 
• O restaurante é lindo e tem um bom cardápio, a especialidade é truta mas tem opções para quem não curte
• Passeio no centrinho, mirante do Cruzeiro, Fonte Santo Antonio, Boulevard Araucária - acabamos passando apenas de carro por causa da chva, mas é uma boa opção para andar, ver lojinhas e tomar um café antes de seguir viagem

Também é possível encaixar no roteiro uma visita ao Ecco Parque, que fica no meio do caminho entre a Estação e o centro da cidade. Como demoramos muito para chegar por causa da chuva e do trânsito na estrada, deixamos o parque para uma segunda visita e seguimos viagem.

• Check in no Chalé no fim da tarde, bem a tempo de curtir o lindo por do sol com um bom vinho que eu levei na mala e um queijo da Canastra que compramos em uma das paradas na estrada

Cachoeira no Restaurante Arco Íris

Estação Eugênio Lefèvre

 

Dia 2 - São Bento do Sapucaí 

• Caminhadinha ao redor do chalé - fiquei no Chalé Refúgio da Pedra, reservei pelo Booking. Ele fica bem no pé da Pedra do Baú, afastado do centro da cidade. Leia avaliações e veja fotos no TripAdvisor
• Trilha do Bauzinho - visita à Cachoeira do Toldi bem no caminho até a entrada da Pedra do Baú
• Vôo duplo - infelizmente meu vôo foi cancelado, apesar do dia estar lindo o vento não estava favorável... :( a parte boa é que já tenho um motivo a mais para voltar!!
• Cachoeira dos Amores - dá para visitar antes ou depois da trilha, pois fica pelo caminho
• Almoço no Restaurante Sabor com Arte que tem um buffet bem variado de comida mineira e serve à la carte também, ambiente agradável e serviço amigável. Leia avaliações no TripAdvisor
• Visita à Capela de Mosaico II, na Estrada do Paiol Grande

Chegamos muito cansados e acabamos ficando no chalé curtindo mais um por do sol, a ideia era jantar no Restaurante Pedra do Baú, bem pertinho, dava para ir à pé.

Dia 3 - São Bento do Sapucaí

• Check out do Chalé após o café da manhã 
• Visita às cachoeiras do Bairro Serrano:
• Cachoeira do Poção
• Cachoeira do Tobogã
• Almoço na estrada, no Empório da Vovó 
• Retorno para São Paulo

Blogs que me ajudaram a escolher entre as duas cidades e também na elaboração do meu roteiro:

Tô Pensando em Viajar

São Paulo sem Mesmice

O site da Prefeitura de São Bento do Sapucaí tem boas dicas para os visitantes e um mapa turístico completo. 

Hospedagem no Refúgio da Pedra

Escolhi esta opção pela privacidade e também pela localização, fica no pé da Pedra do Baú, no alto da montanha.

O chalé é simples e charmoso, fica na propriedade de um casal muito alto astral, o Daniel e a Marcia, além do filho deles, o João e a Kira, uma pastora da Mantiqueira.

A subida assusta um pouco na primeira vez, mas a recompensa é uma vista incrível!

Fiz uma viagem à dois com meu marido no feriado de 15 de Novembro, gostamos tanto que quando decidimos repetir a viagem em um final de semana nem procuramos outro local para ficar.

    

Aumente seu roteiro se tiver mais tempo disponível

Com mais tempo do que um feriado prolongado é possível incluir Campos do Jordão no roteiro - mas se você ainda não conhece Campos, sugiro que comece por ela, pois seu charme é imbatível.

Seguindo viagem pela Rodovia Monteiro Lobato e incluir uma passada no Sítio do Picapau Amarelo na ida ou na volta.

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Álbum de Viagem: Turistando em Santa Mônica e Venice Beach

Os Estados Unidos são um destino não prioritário na minha wishlist de viagens, mas aproveitando uma passagem por Los Angeles a trabalho, fiquei mais uns dias para curtir.

Embora curta, a viagem foi surpreendente e inesquecível, quando se tem pouco tempo um bom planejamento é o melhor aliado para trazer bons momentos na bagagem.

Um parênteses: viagem internacional a trabalho é bem menos glamurosa do que parece... uma rotina de acordar cedo e ir dormir tarde, neste caso acordar literalmente de madrugada, o corpo bagunçado pela diferença de 5 horas de fuso horário, e depois emendar o dia de trabalho com jantares e after jantares no lobby do hotel. Claro que dá pra se divertir, em particular na empresa onde trabalho nestes encontros que fazemos do time América Latina, o pessoal é muito bacana e é sempre gostoso quando podemos estar juntos. Ainda assim é cansativo.

Depois de uma semana intensa de trabalho eu estava ansiosa para ver o Pacífico pela primeira vez. No sábado de manhã, após o café, fiz check out e parti para Santa Mônica.

O hotel que reservei era simples mas bem localizado, meu check in seria liberado apenas a partir das 15h e o plano era deixar as malas na recepção e explorar a área - primeira parada: praia.

A praia está em um nível um pouco abaixo da cidade, ao cruzar uma passarela sobre a avenida da orla já tive uma vista aérea e, após caminhar pela larga faixa de areia fofa, finalmente eu estava frente a frente com a imensidão azul do Pacífico.

Céu azul, mar azul, vento frio, grandes gaivotas caminhando tranquilas pela areia, bebês gaivota aprendendo a buscar comida no vai e vem do mar, correndo das ondas com suas perninhas pequenas - aquela vista me arrebatou e eu até me esqueci que estava de roupa, muita roupa, na praia pela primeira vez na vida!

A voz do Diego, meu colega de trabalho que me acompanhara nesta aventura, me trouxe de volta, caminhamos até o Píer pela faixa de areia molhada observando as gaivotinhas e algumas vezes correndo das ondas nós mesmos.

O Píer é uma construção que polui um pouco o visual, ao vê-lo imaginei que iluminado à noite poderia ser um elemento interessante na paisagem. O mar batendo na estrutura de madeira traz uma vaga lembrança de algum filme americano, talvez de terror, preferimos não arriscar atravessar ali e subimos pelo lindo piso de madeira. Sobre o Píer há um parque de diversões, lojinhas de souvenirs, barraquinhas de fast food, o marco do final da Route 66, uma enxurrada de turistas. Na ponta é possível encontrar novamente a calma em uma vista esplêndida para o imenso azul.

Santa Mônica

Retornamos para a cidade para uma visita à loja Ministry of Supply, que fabrica roupas com tecido tecnológico e depois um novo encontro com o oceano durante o almoço no The Lobster - restaurante pertinho do Píer com atendimento simpático, linda vista, opções vegetarianas no menu, vinho californiano e com direito a café "de verdade", espresso, o primeiro que eu tomava em uma semana.

Voltamos ao hotel, meu amigo precisava pegar suas malas e ir para o aeroporto. Quando o Uber partiu eu fiz meu check in, aproveitei a internet do quarto para falar rapidamente com meus pais e meu marido e saí para me aventurar mais um pouco pela região.

O Pacífico me atraiu como um ímã e eu voltei para a praia, logo escureceria e eu estava ansiosa pelo pôr do sol, mesmo que o céu estivesse com nuvens na linha do horizonte.

O sol se pondo em Santa Mônica

No domingo meu plano era caminhar até Venice Beach pela manhã e depois conhecer um pouco da cidade com o serviço de ônibus Hop on Hop off, visitar Hollywood, afinal era dia de Oscar. Fui primeiro até o Píer para mais um pouco daquela vista tão azul que se tem da ponta, tudo estava mais calmo com as lojas fechadas e pouca gente circulando, alguns pescadores. Céu e mar pareciam se fundir com a névoa da manhã.

Desci para a areia e caminhei em direção à Venice Beach, a parte descolada da praia, distante 4km dali. Fiquei impressionada com a organização e estrutura, há quadras com rede para vôlei, argolas e barras, áreas para crianças e uma pista de cimento para caminhada e bicicletas. Vi um balanço e não resisti, me balancei como uma criança, possivelmente feliz como uma na Disney.

Encontrei um quiosque aberto e parei para tomar café da manhã de frente pro mar. Encontrei novamente um espresso de verdade, ao som de Frank Sinatra, parecia que a "América" estava se esforçando para conquistar meu coração tão cético dos seus encantos.

A temperatura foi ficando mais amena sob o sol e chegando em Venice Beach eu já estava sem casaco, sem tênis com os pés na areia. Foi em Venice Beach que eu pus os pés na água gelada e resolvi que não teria nem Holywood nem mais nada neste dia, pois nada era mais urgente do que caminhar tranquila por aquela areia desfrutando aquele azul.

Então caminhei sem pressa, relaxando com a vista do horizonte amplo, o som do mar, curtindo um momento de solidão e silêncio depois da semana tumultuada de pessoas e palavras.

Surfistas, famílias, turistas, gaivotas e eu recolhendo conchas para levar de lembrança. Lavei os pés cheios de areia em um chuveiro na orla, entrei descalça no banheiro público, misto, tamanha a limpeza. De volta ao asfalto, percorri a boardwalk - uma espécia de calçadão - os artistas e hippies começavam a montar suas banquinhas. Um senhor me chamou, queria ler minha sorte em suas cartas seguras pelo peso de pedras coloridas. Conversamos um pouquinho, eu sorri e amavelmente recusei, minha sorte já era incrível, eu não precisava saber mais nada. A buena vibra de Venice Beach me encantou e eu me surpreendi pensando que vou querer voltar a caminhar naquela areia.

Alerta de tsunami e uma kombosa alugando pranchas de surf

 

Passeio Aéreo no Grand Canyon

Aproveitando uma viagem a trabalho fiquei uns dias a mais para conhecer o Grand Canyon - como eu tinha apenas 1 dia optei pelo passeio aéreo, partindo de Las Vegas: Bom, Bonito e CARO! Mas é um investimento que vale a pena, especialmente para quem não tem tempo para um tour mais detalhado.

Após uma extensa pesquisa - li vários depoimentos, blogs, avaliações no Tripadvisor, existem diferentes tipos de passeio - escolhi o Grand Voyager Expedition com a empresa Papillon. Este passeio é bem completo e achei mais interessante que o mais popular, que é apenas helicóptero com piquenique. A diferença de preço é relativamente pequena (menos de USD 100) mas no passeio mais barato o tempo no Grand Canyon é de cerca de 30 minutos, enquanto no mais completo são horas, com a oportunidade de ver mais de perto e ainda subir o rio Colorado de barco.

Vista em Guano Point

O site da Papillon é bem fácil de navegar e obter informações, existe página em português e é possível ver disponibilidade de datas, preços e reservar online. A confirmação da reserva vem por email, em inglês. Eles pedem para confirmar por telefone 24h antes.

O tour sai do aeroporto de Boulder, uma cidadezinha próxima a Las Vegas.

O Trajeto

Marquei meu passeio ao meio dia. Mesmo sendo um passeio de meio período foi importante eu ter reservado o dia todo pois são várias etapas. A van me pegou no hotel às 10h40 e eu retornei às 18h15.

1. Traslado hotel-aeroporto - ficando em algum hotel na Strip o traslado para o aeroporto é gratuito, leva mais tempo para chegar lá porque a van vai passando nos hotéis para pegar as pessoas, mas é bem prático. Na hora da reserva do passeio, é possível ver uma lista dos hotéis incluídos.

2. Aéreo em avião - vôo panorâmico até o Grand Canyon, viajamos de monomotor de 10 lugares, todos os lugares são janela e na ida é melhor sentar-se à esquerda do avião, a vista é melhor. Eu me sentei à direita na primeira fileira e pude acompanhar o trabalho do piloto e os painéis de navegação, o que eu adorei. Tirei umas fotos fantásticas do alto, a janela do avião é bem grande.

  

3. Helicóptero - é o que nos leva até dentro do Canyon, o helicóptero tem 3 lugares e como eu estava sozinha viajei com um casal. Me sentaram na frente, ao lado do piloto, a vista foi fantástica pois a janela é bem maior do que a de trás. Descer no Canyon é uma experiência que ficará gravada na minha memória, sensacional!

 

4. Barco - o passeio pelo rio Colorado é curto, mas é tempo suficiente para admirar de perto a imensidão do Canyon. O brilho do sol no ondulado da água cor de argila e o contraste do céu azul no colorido terracota me deram uma incrível uma sensação de paz... Não é permitido perambular muito pela região, pois é uma reserva. Leve nozes no bolso para alimentar os esquilos!

Navegando no Rio Colorado

5. Helicóptero de novo - mais uma vista de tirar o fôlego quando voltamos para o topo do Canyon.

6. Ônibus - há serviço hop on hop off no local e este passeio nos permitiu parar em dois pontos: no Eagle Point, local onde fica a Skywalk (depois de ler as avaliações e ver me inteirar mais sobre este passeio optei por não fazê-lo) e Guano Point.

7. Avião de novo - retorno para o aeroporto Boulder.

8. Traslado aeroporto-hotel

Com que Roupa eu vou?

Minha visita foi dia 25 de Fevereiro à tarde, a temperatura estava variando entre 1C e 15C e eu fui de calça jeans, tênis, camiseta manga longa e um casaco quentinho de inverno, comprido. Foi na medida, não passei frio nem calor (o sol esquenta bem).

Priorize o conforto e a mobilidade, importante sapatos para terreno acidentado.


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Esticando a Viagem a Trabalho - Garota eu vou pra Califórnia!

Vista da praia de Santa Mônica, próximo ao Pier - o imenso azul do Pacífico me encantou

Apareceu mais uma oportunidade de repetir a deliciosa combinação trabalho/férias e este é o roteiro que eu planejei - depois eu volto para contar como foi.

• Período da viagem (trabalho): 18 a 22 de Fevereiro de 2019
• Destino: Irvine - Califórnia
• Dias extras planejados: 4 dias (1 fim de semana + 2 dias de férias)

Esta será minha primeira ida aos Estados Unidos, que é um destino não prioritário na minha lista de desejos... a top atração deste país para mim é o Grand Canyon, então como estarei ali pertinho, é ele mesmo que eu vou encaixar na programação.

Meu roteiro começa por estabelecer quantos dias eu vou poder ficar a mais, nesta situação os fatores que contam são tempo, orçamento e principalmente os preços de passagem que eu vou encontrar, pois não dá pra encarecer para a empresa...

A empresa onde trabalho tem um sistema online e posso buscar vôos com autonomia, mas caso a sua não tenha esta facilidade vale buscar em sites como o Decolar para ter uma noção.

Primeiro eu busquei passagens ida e volta nas datas "corretas" para ter uma base do preço, já que não vou poder escolher nada que custe mais caro.

A ida a Irvine é por Los Angeles, como vou andar pela região e tenho até amigos morando lá que eu gostaria de visitar, além de São Paulo - Los Angeles - São Paulo, incluí na pesquisa as combinações:

• São Paulo - Los Angeles // Las Vegas - São Paulo
• São Paulo - Los Angeles // San Francisco - São Paulo
• São Paulo - Los Angeles // Miami - São Paulo

Como estarei sozinha preferi complementar os trechos com aéreo, em vez de me aventurar de carro. Pretendo usar minhas milhas para reduzir custos de transporte e também hospedagem.

Com estas opções de busca encontrei várias opções e pretendo escolher uma que tenha um custo inferior do que custaria a passagem para eu ir e voltar só para a semana de trabalho - afinal se for bom pra mim e bom pra minha empresa é melhor ainda, não?!

Grand Canyon - meu destino principal neste passeio

Comecei a planejar os dias de férias por este passeio, afinal é o meu maior objetivo.

Devido ao pouco tempo, escolhi o passeio Bom, Bonito, Rápido e... Caro!
Vou visitar o Grand Canyon de helicóptero. Este passeio custa em média US$400 nestas datas e eu vou precisar sacrificar outros custos pois o orçamento está apertado.

Após uma extensa pesquisa - li vários depoimentos, blogs, avaliações no tripadvisor - escolhi o passeio Grand Voyager Expedition com a empresa Papillon. Este passeio de 1 dia é bem completo e achei que vale mais a pena que o passeio mais popular. A diferença de preço é relativamente pequena (menos de USD 100) mas no passeio mais barato você passa 30 minutos no Grand Canyon, enquanto no mais completo você passa horas e tem a oportunidade de ver mais de perto e ainda subir o rio Colorado de barco.

Vou contar sobre esta experiência quando voltar da viagem: veja dicas do passeio neste post.

Como ficaram as datas e roteiro base:

• Ida - São Paulo - Los Angeles dia 17
• Volta Las Vegas - São Paulo dia 26
• Dias 23 e 24 Los Angeles
• Dia 24 ida para Las Vegas (fim da tarde)
• Dia 25 Grand Canyon durante o dia, Las Vegas à noite

Economia usando milhas

Fiz uma continha dos valores de hotéis e passagem aérea interna em R$ e em milhas para ver como eu economizaria mais. Mesmo usando a opção de pagamento misto milhas + dinheiro para um dos hotéis valeu a pena.

Minha passagem interna nos Estados Unidos, de Los Angeles para Las Vegas, também emiti usando milhas. Tinha a opção de usar 7.000 milhas mas as datas e horários não serviam muito bem ao meu roteiro, então foi preciso investir um pouco mais, ainda assim vale a pena porque é uma economia.

Hotéis

Nunca economizo em hotel nas minas viagens, acredito que estar bem localizado compensa porque a gente ganha tempo e economiza em transporte. "Boa localização" é relativo, a ideia é buscar o melhor custo benefício com base no que você quer visitar.

Nesta viagem pus à prova este meu pensamento pois encontrar hotel barato para minha noite em Los Angeles foi bem difícil! No fim eu cedi e paguei caro mesmo, concluí que não queria abrir mão de estar pertinho do que mais me interessa por lá, que é ver o Pacífico pela primeira vez e ainda com direito à por do sol de cartão postal: vou ficar em Santa Monica, bem pertinho do pier. O hotel é simples mas bem localizado.

Em Las Vegas escolhi o hotel a partir da lista do Smiles pois a ideia era pagar com milhas, restringi a lista para os localizados na Strip pois nesta região o traslado do passeio para o Grand Canyon é incluído, ou seja sem preocupação e sem custo extra.

De novo não escolhi o mais barato, mas aquele que vai me deixar "na cara do gol" para eu ver alguma coisa de Las Vegas em praticamente 1 noite.

Finanças

• Passeio Grand Canyon USD 419 = R$ 1.660 + 99 de IOF
• Passagem Los Angeles-LasVegas = 15.000 milhas + R$ 67,57 de taxas
• Hotel LAX  USD 200 = R$ 795 + 47 de IOF
• Hotel LAS 26.000 milhas + R$ 203,98 e vou pagar uma taxa de USD 70 no check in - descobri que esta taxa é praxe em Las Vegas e existe para todos os hotéis, com alguma variação de valor
• Refeições - gastei uma média de US$ 30 por refeição, alguns preços para referência (25 Fev 2019):
• Garrafa de água: US$ 3 na máquina do hotel, de US$ 5 a US$ 6 em restaurantes e lanchonetes
• Taça de vinho em restaurantes a partir de US$ 11
• Salada (porção para uma pessoa, para mim serviu como jantar) média de US$ 13
• Prato principal em restaurante média US$ 25
• Café espresso com leite de US$ 5 a US$ 6
• Copo de fruta com iogurte para o café da manhã de U$ 5 a US$ 7
• Taxa de serviço em média é 18%